martes, 23 de marzo de 2010

Sem título - escrito em 05.04.09

Minha vontade é deitar-me agora e dormir. Dormir muito, dormir dias seguidos. Sinto-me tão cansada e penso em quanto tempo ainda deve passar para que essa nuvem negra saia do meu horizonte e eu possa voltar a enxergar as verdadeiras cores da vida. Quero emergir desse ponto de vista obscuro em que me encontro agora. Quero conseguir fazer alguma coisa por mim mesma para deixar este martírio.
Estes dias não têm sido nada fáceis e às vezes sinto que estou perdendo o fôlego. Sinto como se fosse afogar, como se minhas forças não fossem suficientes para chegar até o fim.
A verdade é que agora quando sinto que minhas forças estão mais frágeis, sinto também lá no fundo uma sensação de que está acabando, de que estou mesmo chegando bem próximo do fim dessa crise que me avassala.
E o tempo anda passando rápido e logo chegará o fim de abril e com ele um pouco de sossego para mim. Mereço um pouco de paz, de estar bem comigo mesma, de continuar com meus amigos bem pertinho. Viajar. Estudar. Conversar. Passear. Namorar.
Quero tempo para mim, quero ser, quero viver, quero lembrar, me admirar, me assustar, me atirar na água gelada. Respirar fundo tentando fazer parar o coração, buscando fôlego lá no fundo, no fundo.
Ler, escrever e fotografar a vida. Amar a cada minuto, transbordar em cada risada. Atirar-me de cabeça apaixonadamente. Fumar um beck, fazer amor, fazer amor e fumar um beck. Fim de semana no Rio. Olhar-me no espelho e ver nascer uma ruga. Completar trinta anos. Comemorá-los em festa, com amigos até amanhecer. Permitir-me descansar, não querer, fica à toa. Morrer de tédio, embriagar-me, enamorar-me.
Seja lá o que isso for essa crise, tenho certeza de que para alguma coisa vai servir. Pelo menos o aprendizado fica, cravado em pedra, imutável. Silêncio.

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